Sempre a(l)tiva. Sempre de bom humor. “Sabe o que o livro de história disse para o livro de matemática? ‘Ora, não me venha com seus problemas, porque estou cheio de histórias’”, filosofa. “Eu escolhi sorrir.”
Por onde vai, anima a gente, até provocativa. O livríssimo-arbítrio que a idade longeva concede.
O modo que encontrou de enfrentar a vida.
Dizem que perdeu o marido para o câncer, e o filho, o único, com quem vive, sofre de patologia cardíaca grave.
Dona Terezinha não pode fraquejar. Não pode vacilar. Não pode deixar de sorrir. Nem de lutar.
E, no meio da feira-livre, entre hortaliças, legumes, frutas e pastéis, seu octógono improvisado, exibe a forma desferindo chutes no ar, um após o outro, num adversário invisível. “Ó, ó, ó…”
Dona Terezinha encara a vida com unhas e dentes e sorrisos.