Ampliação do Independência agora não sai antes de abril

Ampliação do Independência agora não sai antes de abril

A novela da ampliação do Parque da Independência continua sem um capítulo final: a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, informou ao Ipiranga22 que a obra, agora, não será concluída antes de abril.

Segundo o Verde, “a empresa responsável pelos serviços solicitou um aditivo de prazo até abril, alegando atraso por conta das fortes chuvas das últimas semanas na cidade e do fato de as obras serem em local aberto”.

A responsável pela ampliação do Independência é a empreiteira Frechaltore, com orçamento de R$ 6,6 milhões.
Outros dois aditivos de prazo já haviam sido pedidos pela Frechaltore, e as razões apresentadas então foram atrasos na entrega de matéria-prima e alta nos preços dos insumos. A entrega do parque ampliado estava prometida para os festejos do bicentenário da Independência, em setembro do ano passado.

A área em questão acrescenta 26 mil m2 ao parque e se situa no cruzamento das ruas Bom Pastor e dos Sorocabanos, na porção inferior do Independência, junto da Casa do Grito.

Prédio da administração e pista de skate

Nesse terreno estão prometidos o prédio novo da administração do parque, com infraestrutura para o visitante, como banheiros públicos, e pista para a prática do skate. Esses equipamentos estão sendo construídos, sendo o prédio administrativo o mais avançado.

De acordo com o Verde, o projeto como um todo tem pouco mais da metade pronto em fevereiro, com 57% de conclusão.
Essa é uma promessa que se arrasta desde 2005, quando o terreno em questão foi desapropriado pelo então prefeito, José Serra (PSDB), para uni-lo ao parque contíguo.

Escavação já descobriu vestígio arqueológico e paralisou obra

No percurso, houve ainda descoberta de vestígios arqueológicos de ocupações antigas no solo, que motivou o embargo da obra por órgão de patrimônio, e maus executores.

De um lado, a entrega desse projeto importa pela disponibilidade de banheiros públicos ao visitante, uma vez que a porção inferior do Independência não possui banheiros (hoje é mal atendido por banheiros químicos). De outro lado, a acomodação de skatistas em local apropriado para a prática esportiva e da disposição definitiva do pessoal que gere o parque.

A administração está desde agosto de 2021 lotada dentro de um contêiner, depois de ser desalojada das salas que ocupava junto do jardim francês do Museu do Ipiranga.

A gente não quer editorializar esse texto informativo, mas é difícil entender como uma obra simples do ponto de vista da engenharia nunca chega ao fim. Alguém aqui consegue explicar?

 

Fotos: Secretaria do Verde e do Meio Ambiente/Fev. 2023

 

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