Pense numa mulher bacana. É a Yolanda!

Pense numa mulher bacana. É a Yolanda!

Dona Yolanda completou 90 anos de vida em 7 de setembro do ano passado (é, portanto, de 1932), mesmo dia em que o Brasil celebrou os 200 anos da sua independência.

Aliás, independente é uma palavra que cai bem para descrevê-la.

Aqui na Vila José, é vista, meio furtiva (que a sobrinha que a auxilia não saiba!), tateando o piso das ruas rugosas com sua bengalinha escura, em busca das compras.

É o mercadinho da Maurício, o Extrinha da Mário, a feira da Mont’Alverne.

No carrinho de feira, os bens básicos, entre eles, duas ou três latinhas de Malzbier.

Livre, foi obrigada dias atrás a se enclausurar por uma semana por causa da Covid-19. Alívio: foi apenas o incômodo da dor de cabeça prolongada e nada mais.

Dona Yolanda tem uma relação objetiva com a vida.

Não se dá muito bem com a tristeza, nem muito bem com os queixumes de amigas, come um bom prato com apetite gaulês (sou testemunha ocular de que é mesmo boa de garfo) e só continuará mais tempo por aqui se gozar de boa saúde. “Senão, vou-me embora.”

Desta vez dispensou a carona. “É aqui pertinho, vou com minha bengala.”

Compleição robusta, cabelo curto acobreado, divertida, mas de semblante sério. Pense numa mulher bacana. É a Yolanda!

 

ACOMPANHE O IPIRANGA22 NO INSTAGRAM:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *