Um chaveiro surpreendente

Um chaveiro surpreendente

O Jorge Chaveiro diz, entremostrando seus traços orientais, meio ruborizado, que foi de propósito, pra chamar a atenção. Verdade ou não, ele tem razão. Atiça a curiosidade da gente.

A questão é que ele também precisa aturar os engraçadinhos que assomam à sua porta.

Um deles um dia chegou perguntando onde ficava a delegacia mais próxima, porque precisava levar chaves para os presos.

Jorge Chaveiro já ia respondendo, “era só subir por ali”, quando se deu conta da galhofa.

“Ele me pegou”, sorri.

São crianças em pencas que ali se demoram na frente do seu estabelecimento falando do “acidente” ortográfico da placa na entrada. E fotografam, fotografam e fotografam, gargalhando.

Hum, a juventude, que acha que sempre sabe tudo… Porque os poetas dirão que se trata de pura poesia.

“Quem não gosta de ver escrito errado é professor. Com eles não têm brincadeira”, ressalva.

“Consulte os presos p/ não haver reclamação depois”, é o chamariz da loja do chaveiro Jorge na “Tabo” (Tabor) 164.

Com a chave garante que não tem erro!