Para muitos, o Carnaval na região do Ipiranga foi feito de uma folia diferente, bem longe dos bloquinhos que tomaram as ruas ipiranguistas.
Veja três dessas histórias.
Outros Carnavais: O grato Pita
Pita comparece todos os dias ao Santuário Nossa Senhora Aparecida do Ipiranga para “agradecer o Homem”.
Nesta segunda-feira de Carnaval (20), ele ia de imagem em imagem da igreja, de santo em santo, num périplo fervoroso e íntimo.
Diante de cada manifestação sacra, Pita se curvava humilde. E assim permanecia por alguns segundos, um minuto talvez.
É sempre assim, antes de assumir suas funções nobres de alimentar o povo em padaria do bairro.
De gratidão e fé também vive o homem, além do pão.
Outros Carnavais: D’ont Worry
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No sábado (18), o músico argentino Jorge Huaman Sanchez, no violino, e Fernando Horta, no violão, se apresentaram em um dos semáforos no cruzamento da avenida do Estado com o viaduto Capitão Pacheco e Chaves.
Jorge, que mora em uma ocupação no centro da cidade, aproveitou o feriado de Carnaval para oferecer sua arte em troca de alguns trocados. Com sua habilidade no violino, o argentino chamou a atenção dos pedestres e motoristas que passavam pelo local.
Em meio ao trânsito intenso e barulhento da região, a música de Jorge e Fernando trouxe um momento de paz e beleza para quem estava ali.
“D’ont worry, be happy!”
Outros Carnavais: Geraldo sob chuva
Próximo à saída da estação Ipiranga da CPTM, na avenida Presidente Wilson, o pernambucano Geraldo Luis, 56 anos, monta sua barraca para vender sandálias.
Em meio a resíduos de uma construção, Geraldo diz faturar por volta de 2 mil reais por mês: “Devagar, mas tá vendendo… Dá pra quebrar o galho”, diz ele, resiliente diante da paisagem enlameada e caótica.
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