O Prédio Regina está de cara nova

O Prédio Regina está de cara nova

Pessoal, a gente ficou tão feliz hoje! Sabe por quê? Porque o nosso Prédio Regina, orgulho e glória do Ipiranga Antigo, está de fachada nova!

Sim, ele ganhou novas demãos de tinta e resplandeceu.

O.K., O.K, aquele recorte pintado de verde da fachada, na porção inferior, desapareceu e ficou uma face homogênea em tom pastel. Perdeu um pouco do seu colorido. Mas quem busca a perfeição às vezes fica sem o possível. Não, não vamos criticar.

As pichações que se dependuravam nas paredes como morcegos-vampiros foram embora e nosso patrimônio agradece pelo cuidado.

A cabeleireira do salão do térreo limpava tranquilamente os respingos de tinta da sua entrada com luvas e aguarrás.

O Regina fica no comecinho da Brigadeiro Jordão, esquina com Bom Pastor, do lado de quem desce. É a prova viva de que é possível termos prédios sem tirarmos a sombra de ninguém e sem subtrairmos a aura horizontal do bairro.

Como estava o prédio antes

Gente, o Prédio Regina tem uns detalhes que merecem nossos olhos: um matelassê de losangos em alto-relevo desfraldando a fachada; o painel cerâmico com tema bucólico logo acima da porta de entrada (qual endereço ipiranguista não sonhou -e não teve- um painel assim, criado pelos Sarasà, pela Barbosa!?); o número do imóvel, 187, composto de ladrilhos; o semicírculo que divide os dois blocos de apartamentos, constituído de tijolos translúcidos; e tantos e tantos outros detalhes que olhos mais atentos poderão reconhecer.

Agora nos veio uma visagem: a parte superior da fachada não parece um livro aberto desses bem grossos de biblioteca, encadernado? A lombada é o semicírculo, capas, os blocos.

O que você vê?

Regina, sim!, você reina em nossos corações ipiranguistas! Parabéns pela reforma.

PS: A gente pediu auxílio para quem entende, o arquiteto e urbanista @renato_anelli Veja o que ele falou sobre o Regina: “[Esse prédio] não tem bem um estilo. Os balcões curvos são característicos do Art Dèco que se espalhou por São Paulo nas décadas de 30 e 40. O térreo e os acabamentos são mais “bastardos”. Pode ter sido uma reforma, ou um projeto que já saiu assim, incorporando elementos vazados de cerâmica e esse revestimento de pedra conhecido como canjiquinha”.

Veja também:

Regina: um lindo prédio art dèco no Ipiranga

 

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